quarta-feira, 30 de maio de 2007

A criança e a leitura


Hoje, recebi um grande presente, o de poder participar de uma palestra com nada menos do que Celso Antunes onde entre várias coisas ele falou um pouco sobre a leitura na vida da criança, que a melhor idade para se aprender é entre os 2 a 8 anos de idade, que compete a nós adultos iniciarmos a criança nesse sublime universo. Eu particularmente como futuro bibliotecário me senti muito responsável e necessário dentro desse processo, pois cabe a nós conhecermos os nossos mini-usuários para oferecer a eles um serviço que lhes seja agradável e divertido e não obrigatório ou imposto pelo gosto dos pais.
Ao voltar para casa pude divagar um pouco sobre esse assunto tão interessante e pude constatar dentre outras coisas que toda criança é uma leitora nata, o livro exerce um poder de atração muito grande sobre ela e do contrário do que se pensa o seu ainda analfabetismo não as impede de se deleitar com sua leitura, a criança que possui uma idade inferior à idade escolar ainda não terá aprendido a decifrar o nosso código escrito, mas o seu cérebro já sabe decifrar imagens, cores, cenas, dentro de sua cabeça e todos esses elementos vão ganhando vida mesmo que isso não nos seja perceptível, com a prática a criança vai desenvolvendo e estimulando a sua criatividade a ponto de mais tarde não precisar mais das figuras, das cores, somente de textos enfileirados em linhas seguindo uma ordem ainda sem sentido para quem não conhece o código da língua portuguesa, mas que sua criatividade agora bastante aguçada já lhe permite fantasiar em cima de centenas e centenas de símbolos alfanuméricos histórias de princesas e cavaleiros, contos de terror e de comédia histórias imprevisíveis, afinal nunca se sabe o que se passa na cabeça de uma criança no seu estado de criação.
Nunca ouvi dizer de alguém que tinha medo de livro quando criança, do contrário todas elas desejam na maioria das vezes aos berros possuir aquele objeto tão interessante. Ainda perdido em meu pensamentos me dei conta de que nessa fase inicial de leitor o livro é visto pelo infante como um instrumento de recreação onde é possível passar várias horas (ou segundos rsrsrsrs) se entretendo naquele mundo fantástico que o livro proporciona. Também pude identificar alguns fatores que mais tarde irão contribuir para que o livro se torne objeto de aversão. Justamente na parte mais interessante da história quando o garoto já está começando a aprender a ler vem um adulto (geralmente a mãe) e lhes apresenta a bendita televisão, objeto emburrecedor que aos poucos destruirá um dos maiores tesouros conquistados pela criança a sua quase infinita mente criativa e com efeito, transformará a pobre em um ser extremamente preguiçoso, mais tarde o livro perde as suas funções de entreter e instruir e passa a ser algo obrigatório, requisito necessário para aprovação final do aluno de ensino fundamental e médio, é importante observar que nem sempre os livros que nos empurram goela abaixo nas escolas abordam aquilo que realmente queremos ler, por fim gostaria de citar o modismo que impera hoje em dia que nos faz ler livros que não queremos, sobre algo que não gostamos, para nos informar de algo que não nos interessa, mas que não podemos deixar de ler para não sairmos por baixo nas rodas de conversa dos amigos mais "cultos".
Por fim deixo um apelo a todos os pais, tios, avós, amigos e irmãos, não deixem essa centelha de bons leitores se apagarem dentro de nossas crianças, estimulem, levem-nas as bibliotecas, esqueçam um pouco dos carrinhos hot wheels e das bonecas barbie e dêem livros as suas crianças, abaixo o video game e a tv globinho em troca do silêncio, comprem livros de colorir ou com bastante figuras, esqueçam das novelas e leiam um pouco para os pequenos e eu lhes garanto que nas próximas gerações não apenas nasceremos bom leitores, mas nos daremos ao luxo de também morrer nessa condição, pois tudo no mundo existe para, um dia, terminar num livro.

Se você ficou curioso para saber um pouco mais sobre o palestrante que me causou essa efervescência filosófica é só clicar aqui e descobrir um pouco mais sobre essa fantástica criatura que tanto me impressionou e que com certeza irá impressionar a você também.


PS. aos desavisados gostaria de deixar claro que esse post não foi copiado de ninguém, fui eu mesmo que escrevi. obrigado

terça-feira, 29 de maio de 2007

Biblioteconomia?!? a gente come? ou a gente cria?

Se você está cansado de ter que explicar o que é biblioteconomia para seu vizinhos e parentes, ou de dizer que quem se forma em ciência da informação não é analista de sistemas, ou que esse curso não é a mesma coisa de ciência da computação, o bibliotecário de Babel tem a solução para você, basta pedir que essa pessoa visite o nosso blog e assista ao vídeo abaixo que essa colega vai explicar tudo nos miiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinimos detalhes e quem sabe ele até vai seguir o seu exemplo e se entregar a tão bela profissão de bibliotecário, ou como dizia Rubem Alves se tornar um anjo engravidante.


quinta-feira, 24 de maio de 2007



Caros colegas peço licença para colocar aqui uma nota de esclarecimento a todos, pois hoje eu li alguns comentários no nosso blog que me deixaram um pouco triste, não sei se tenho este direito, mas mesmo assim fiquei. O fato é que quando tive a idéia de criar o blog O bibliotecário de Babel, a minha intenção era de apenas criar um espaço na web que servisse como um "livro" de recortes onde pudéssemos postar tudo de interessante ou engraçado que encontrássemos na internet ou em qualquer lugar, que se relacionasse com a biblioteconomia, e assim o fiz, ao poucos fui garimpando na net algo que achava interessante e com isso ia fazendo os meu recortes, um pouquinho daqui, um pouco dali, enfim, os nosso blog foi ganhando novas postagens, ganhando fama entre os colegas da faculdade, mas eu queria deixar bem claro que eu não tinha a mínima intenção de competir com o blog de ninguém e muito menos roubar as suas idéias mas apenas pega-las emprestado e ao contrário da sugestão do colega Alessandro Martins, minha intenção não era criar um blog original, pois se o fizesse estaria mostrando apenas o que acontecia dentro do meu mundo e a minha visão do que acontece na biblioteconomia, ou seja, as informações que eu teria para passar seriam mínimas, minha intenção era criar uma colcha de retalhos com as idéias de todos que eu pudesse encontrar no caminho.
Infelizmente a minha ingenuidade e falta de experiência não me deixaram ver que esses (empréstimos não autorizados) me trariam grandes conseqüências e com efeito a ira e chateação de outros, sendo assim venho a público pedir minhas humildes desculpas a todos os que se sentiram lesados com as minhas atitudes, prometo que não irei roubar suas postagens novamente de forma que as que já estavam no blog foram imediatamente retiradas. quanto aos colegas e visitantes, gostaria de dizer que não postarei nada por enquanto, até decidir que rumos dar ao blog de agora em diante.
Gostaria de salientar que o blog não nasceu por minha vaidade em querer torná-lo mundialmente famoso, mas apenas um sonho (agora frustrado) de um reles estudante de ciência da informação em fazer algo diferente, transformar o meu espaço e que como muitos começa agora a dar seus primeiros passos na tão competitiva blogosfera.


Muito obrigado pela atenção.

Lucas...

terça-feira, 22 de maio de 2007

Da série: as bibliotecas mais legais do mundo N° 3



BIBLIOTECA BRITÂNICA - LONDRES

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Admirável mundo novo

Estou postando um e-book muito interessante Chamado Admirável mundo novo, este livro foi escrito em 1931 pelo escritor Aldous Huxley e que eu tive a felicidade de lê-lo tempos atrás (quer dizer, o que eu li não possuía a ultima página e só agora pude terminar oficialmente a minha leitura). O que mais me impressiona neste livro é que ele é praticamente profético pois como já disse foi escrito em 1931 e narra uma história que se passa em um futuro distante, mas é interessante como o autor descreve algo que seria impossível de se ver nos anos 30, porém corriqueiras nos dias atuais, que se interessar em lê-lo, mas não é muito fã de e-books pode encontrá-lo na biblioteca municipal aqui de Vitória da Conquista, mas desde já vou avisando que falta a última página (ah! se quando eu tivesse lido, alguém me avisasse disso), então você pode ler o livro da municipal e a ultima página deixa pra ler aqui.
Então pra finalizar não direi boa leitura, mas boa viagem pois esse livro vai te tirar do chão.


“Ó, maravilha!
Que adoráveis criaturas aqui estão!
Como é belo o gênero humano!
Ó Admirável Mundo Novo
Que possui gente assim!”
(William Shakespeare, A Tempestade, Ato V)




Clique na imagem para ler



Falando e escrevendo corretamente

Está cansado de ser interrompido no meio de uma apresentação pelo professor só pra ele corrigir a seu português bem "dizido"? Já não aguenta ver toda a sua prova riscada de vermelho onde tem erros de ortografia? Se liga então nessa dica.

Aqui você encontrará as confusões mais comuns do seu dia-a-dia comentadas didaticamente e sempre com bom humor: flagrante/fragante, possível/provável, por que/porque/por quê/porquê. Apresenta também várias construções equivocadas e devidamente corrigidas: se você ir, tirar a pressão, pôr água no fogo, terras improdutivas, fatos verídicos, benefício da AIDS, atrás do prejuíjo, goteiras no teto, vou ir, morreu do coração...



Clique aqui para baixar

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Um pouco da história de nossa cidade

Hoje eu resolvi postar um vídeo muito interessante que eu roubei descaradamente do blog do pessoal do III semestre de relações públicas, por ele podemos conhecer um pouco mais sobre os primeiros anos da nossa cidade, além de poder assistir a algumas entrevistas com personalidades do cenário político conquistense.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

O livro proibido de Roberto Carlos é uma brasa, Mora.


Não deu tempo de comprar o livro do rei antes da justiça levar tudo embora? estava muito afim de lê-lo mas estava sem grana? não conhece ninguém que tenha pra te emprestar? sua mãe te encheu o saco pra você comprar um pra ela no dia das mães? E ficou triste porque não conseguiu realizar o seu sonho, nem o da sua mãe? Não tem problema pois o bibliotecário de Babel como um bibliotecário que se preze foi nos confins do mundo e encontrou o livro pra você, infelizmente não é um LIVRO de verdade com páginas de papel, capa dura e cheirinho de tinta, mas tudo bem, o que vale é a intenção.
Pessoalmente não costumo escutar nenhum cantor com ombreiras maiores que um armário, mas se você é fã devo lembrar que baixar esse tipo de material além de ferir os direitos autorais fere uma decisão da justiça. Afinal a circulação da biografia nas lojas foi proibida.

Eis aí a vedete do momento.


domingo, 6 de maio de 2007

Faltam prossionais em bibliotecas da rede pública

O governo federal lançou, na última terça-feira, o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). O projeto traz ações para a educação em todos os níveis e tem projetos para estimular a leitura entre alunos da rede pública. Mas a iniciativa para incentivar a leitura precisará romper com problemas de infra-estrutura das escolas, que têm dificuldade em levar o livro para as crianças. Bibliotecas existem, mas faltam profissionais para cuidar delas.

A diretora da escola Classe 316 Norte, em Brasília, Marilda Pereira, diz que a falta de um professor responsável pela biblioteca impede que os alunos peguem livros emprestados para ler em casa. Para superar essa dificuldade, Marilda conta que "os professores têm trazido as crianças na biblioteca e feito aulas de leitura, aqui na biblioteca".

A mesma dificuldade é sentida na Escola Classe 102 Sul, também em Brasília. Os professores vêem o acesso a uma biblioteca na escola como fundamental para criar nos alunos o gosto pela leitura. "Mas aqui na escola a gente está com dificuldade, porque não há um profissional para dar esse suporte", cuidando da biblioteca, conta a professora Gladys Marques.

Outro problema na manutenção das bibliotecas escolares é a renovação do acervo. "Os livros de literatura são caros; mesmo que a gente peça na lista de material, nós temos uma clientela que tem dificuldade em adquirir esses livros", explica o vice-diretor da escola, Geraldo Almeida. Ele conta que muitas vezes, para obter livros novos, a escola recorre às doações da comunidade e dos alunos.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Mr. Bean na biblioteca

Artigo da bibliotecária Ana Virgínia Pinheiro da BN

12 de março é o Dia do Bibliotecário. É um dia que deve ser marcado para lembrar, pelo menos por todo o pesquisador que buscou documentos, manuscritos, impressos e de todas as naturezas, que enfrentou a aflição de buscar informações no rico e desconhecido universo bibliográfico e documental brasileiro, sem guias, sem indicadores, sem patrocínio, e encontrou, através do Bibliotecário, o caminho.

A palavra Biblioteconomia deriva do grego bibliothéke (depósito de livros) e nomos (regra, lei), e significa a “arte de organizar e dirigir bibliotecas, de acordo com normas, regras” – sentido grafado em uma época em que “arte” era sinônimo daquilo que se adquire "pelo estudo e pelo exercício". Ao longo de sua história, a Biblioteconomia teve ilustres representantes que transformaram a arte em ciência e as regras em teorias: o estadista e inventor norte-americano Benjamin Franklin (1706-1790); o filósofo e teólogo alemão Immanuel Kant (1724-1884); os Papas Nicolau V (1388-1455) e Pio XI (1857-1939), o romancista, historiador e jornalista português Alexandre Herculano (1810-1877); a estadista israelense Golda Meir (1898-1978); e o muito ilustre Manoel Bastos Tigre (12 de março de 1882-1957), poeta, jornalista, autor teatral, humorista, compositor, engenheiro civil, publicitário e o primeiro bibliotecário selecionado por concurso para o Museu Nacional, em 1915 – patrono dos bibliotecários brasileiros.

Pode causar certo estranhamento, associar tantos nomes ilustres a uma profissão tão pouco divulgada. Mas a ação da Biblioteconomia é, geralmente, anônima e tem efeito multiplicador, nas dissertações e teses, na pesquisa científica, na busca e na localização de dados que serão transformados em informação, em espaços físicos – ou não, como os centros de referência científica, as salas de leitura e as bibliotecas públicas, populares, comunitárias, escolares, universitárias, infantis, de usuários com necessidades especiais.

Neste momento, há um menino de 12 anos ou um doutorando precisando de um bibliotecário e, certamente, há um bibliotecário buscando dados ou indicações bibliográficas para um desses pesquisadores.

Num país como o Brasil, onde as disparidades sociais transformam o livro em privilégio, o Bibliotecário tem a importância de um agente cultural e função pedagógica inquestionável. O artigo 3º do Código de Ética Profissional determina que o Bibliotecário deve “preservar o cunho liberal e humanista de sua profissão, fundamentado na liberdade da investigação ientífica e na dignidade da pessoa humana”. Essa obrigação, que deve ser cumprida como missão, contribui para uma sociedade mais justa, apesar de todas as limitações que impuseram, ao longo de anos, a desvalorização profissional, tais como: baixos salários, atividades insalubres e estressantes e falta de investimentos em treinamento e de reconhecimento, pelo mercado, de suas competências.

No Brasil, o Bibliotecário é encarado como um profissional “menor”, qualquer que seja o seu nível cultural, e muitos se surpreendem com a exigência de graduação universitária para o exercício da profissão.

Como Bibliotecária da Fundação Biblioteca Nacional e Professora da Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado Rio de Janeiro (UNIRIO), com quase 25 anos na profissão, venho conclamar todos os pesquisadores, de todas as idades, que aprenderam a respeitar o Bibliotecário, a reconhecê-lo como necessário e a partilhar com ele ânsia da busca e o fascínio do encontro da informação pretendida, a promoverem sua valorização.


Extraido do site: www.revistamuseu.com.br


Bibliotecária Ana Virgínia Pinheiro no Programa do Jô




Na semana passada, a bibliotecária responsável pelo departamento de obras raras da Biblioteca Nacional esteve no programa do Jô dando uma entrevista sobre a coleção de livros raros da BN, é uma pena que eu não tenha conseguido a entrevista completa onde ela fala sobre a importância do bibliotecário. Mas eu consegui apenas o trecho que a globo disponibilizou.
quem quiser assistir é só clicar no link abaixo.

Da série: as bibliotecas mais legais do mundo N° 1

Esta é a Biblioteca Nacional de Paris - França